
Sobre a Doença de Alzheimer
Dificilmente estamos satisfeitos com a nossa própria memória. É comum haver episódios de esquecimento em momentos de maior estresse e ansiedade na vida, porém quando isso se torna muito frequente e causa impacto negativo na vida do indivíduo, é necessária uma avaliação especializada. Há uma ocorrência maior da Doença de Alzheimer em pessoas acima dos 65 anos de idade e, ainda que seja natural uma diminuição da capacidade de memória no decorrer da vida, é importante estar atento a sinais que demonstrem se essa dificuldade está além do esperado e se pode ser sugestiva de uma doença neurodegenerativa. Deve-se atentar para situações em que há dificuldade de memória para eventos novos, dificuldade de planejamento ou de resolução de problemas. Quando uma atividade que aquele indivíduo sempre realizou com facilidade torna-se difícil ou impossível, quando há dificuldade de manter uma conversa ou raciocínio, ou quando há dificuldade de se localizar num local que lhe é familiar, é necessária avaliação médica. É importante, principalmente no paciente mais idoso acima dos 80 ou 90 anos, não atribuir estas situações ao envelhecimento normal. O idoso que tem uma doença neurodegenerativa como o Alzheimer pode inclusive se apresentar resistente a reconhecer estas dificuldades, que é um sintoma que faz parte da doença. Uma avaliação clínica detalhada com o neurologista pode resultar em um diagnóstico mais precoce e, apesar de não haver ainda uma cura, possibilita o entendimento da situação pelos familiares e o tratamento adequado.